Rede SESI de Prevenção da Incapacidade se reúne em Salvador

Geral
Representantes de 22 Departamentos Regionais do Serviço Social da Indústria (SESI) de todo o país, além de médicos do trabalho e gestores de Recursos Humanos de indústrias parceiras, participaram, nesta segunda-feira, 27.11, de Reunião Presencial da Rede SESI de Prevenção da Incapacidade. O encontro foi uma iniciativa do Centro de Inovação SESI, que visa desenvolver e oferecer à indústria brasileira novas soluções para gerir o afastamento e a incapacidade de seus funcionários no ambiente laboral.
 
O encontro foi aberto pelo superintendente do SESI Bahia, Armando Neto, que destacou a importância da inovação para o SESI. Ele citou, em especial, a identificação de novas parcerias, a exemplo do que vem sendo feito com o Fioh (Instituto finlandês de saúde ocupacional). Entidade de referência na Europa na gestão do absenteísmo, o Fioh tem contribuído para a estruturação do Centro de Inovação em Prevenção da Incapacidade, com o objetivo de trazer para o país as mais modernas tecnologias de gestão dos afastamentos adotadas em países de primeiro mundo.
 
Também presente à abertura do evento, o gerente-executivo de Saúde e Segurança na Indústria do SESI, Departamento Nacional, Emmanuel Lacerda, antecipou o lançamento da Plataforma Nacional de Soluções SESI, nesta terça-feira, 28.11, em São Paulo. A Plataforma, ferramenta inédita no mercado de saúde e segurança, reúne, em um portal único, serviços, produtos e processos inovadores desenvolvidos pelos oito Centros de Inovação do SESI.
 
O diretor do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, Kari-Pekka Martimo fez a palestra de abertura e chamou a atenção para a importância de se mudar a forma de enxergar a gestão dos afastamentos no ambiente laboral. Para ele, é necessário envolver todos os atores, incluindo o médico do trabalho, equipe de recursos humanos e os supervisores sob pena de não se obter os resultados desejados.
 
Kari-Pekka destaca que investir na saúde ocupacional do trabalhador aumenta a produtividade, dando mais robustez à economia. Em contraponto, a falta de investimento afeta o desempenho das empresas. O representante do Fioh também explicou que os afastamentos do trabalho são determinados por fatores ligados ao trabalhador, ao ambiente no qual a organização está inserida, bem como a fatores administrativos e tudo isso precisa ser levado em conta no momento de adotar soluções.
 
Ele citou experiências adotadas por países de primeiro mundo para gerir os afastamentos no âmbito do sistema público, a exemplo da Finlândia, onde, desde 2007, em casos de afastamento por doenças músculo-esqueléticas, a opção tem sido a reinserção progressiva do profissional no trabalho, em meio período, até sua recuperação. A experiência proporciona uma melhoria do humor e uma recuperação mais rápida do trabalhador.
 
De acordo com Kari-Pekka a experiência nos países mais avançados tem mostrado que o importante é prevenir a incapacidade e não as doenças. “É possível manter pessoas com problemas de saúde produtivas, adotando apenas pequenas mudanças no trabalho”, atesta o especialista que é PHD em medicina do trabalho.
 
Para Lívia Aragão, coordenadora do Centro de Inovação em Prevenção da Incapacidade do SESI, é preciso lidar com as questões que vão além do acidente de trabalho ou da doença. “O real problema é a incapacidade para o trabalho que se expressa pelo absenteísmo, pela dificuldade de reintegração e de adaptação do trabalhador e pelos custos gerados à empresa”.
 
 
Lívia Aragão e Kari-Pekka Martimo
 
 
PROJETO PILOTO
 
Durante o encontro, também foram apresentadas as empresas parceiras que estão participando do projeto piloto conduzido pelo Centro de Inovação. Ao todo, são 10 empresas envolvidas no piloto: Pirelli, Coelba, Bahiagás, Veracel, CCR Metrô, JF Agropecuária, Cetrel, Paranapanema. Belgo e Renault do Brasil.
 
Para Emerson Moreira, médico do trabalho da Cetrel, a experiência tem contribuído para as ações da empresa neste campo. A Cetrel detém um índice baixo de absenteísmo e a adoção da metodologia do SESI tem proporcionado uma formação mais qualitativa. A tecnologia vem sendo adotada nos poucos afastamentos e no processo de retorno ao trabalho, trazendo resultados positivos, que ainda estão em fase de avaliação, lembra Emerson.
 
Para a representante da CCR Metrô, Fernanda Lima, o principal ganho com a implantação do projeto foi ampliar o olhar da empresa para enxergar o indivíduo como um todo. “O que me levou a aderir ao projeto e a convencer a CCR a adotá-lo foi a proposta de envolvimento do RH, do médico do trabalho e dos supervisores”, acrescenta a médica.
 
O empresário Júlio Farias, da JF Agropecuária, tem três empresas inseridas no projeto piloto de gestão dos afastamentos, somando mais de 600 trabalhadores. Ele também é presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado da Bahia (Sincar) e a entidade tem um convênio com o SESI Bahia, à disposição dos 42 associados do sindicato.
 
Empresas falaram da experiência do projeto piloto
 
Ele explica que a maior dificuldade é conscientizar o empresário para a importância deste cuidado com a mão de obra. “O desafio é mostrar que se a gente trata bem do nosso funcionário, amanhã ele não vai ser um funcionário doente e vai ser mais produtivo”, destaca.
 
A experiência na JF foi apresentada pela representante do RH da empresa, Maria Aparecida Soares, que destacou que o principal ganho com a inserção do projeto no ambiente da empresa foi o fato de trazer o gestor para perto da realidade do trabalhador. A implantação do piloto tem trazido resultados na redução dos acidentes de trabalho.
 
 
Convocados_Comunidade_Ensino Fundamental_Itapagipe.pdf
Convocados_Comunidade_Ensino Fundamental_Retiro.pdf

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