Alunos da Escola SESI apresentam projetos em Feira Científica da USP

Educação

20ª edição da Febrace será realizada entre os dias 14 e 26 de março, em formato virtual.

 

Alunos que participam do programa de Iniciação Científica da Escola SESI vão apresentar seus projetos na 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que acontece entre os dias 14 e 26 de março, em formato virtual. Considerada um dos principais eventos científicos pré-universitários do Brasil, a feira é promovida anualmente pelo Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

 

Os projetos finalistas da Febrace são nas áreas de ciências da natureza, ciências humanas e linguagens, desenvolvidos por estudantes das cidades de Barreiras, Feira de Santana, Salvador e Vitória da Conquista. “A participação da Escola SESI na Febrace vem crescendo ao longo do tempo e isso é resultado do nosso programa de Iniciação Científica, que reúne alunos de diferentes regiões do estado”, destaca o gerente de Educação Científica e Tecnológica do SESI Bahia, Fernando Moutinho.

 


Estudantes de Barreiras participam da Febrace pela segunda vez. Foto: Arquivo pessoal.
Escola SESI Ignez Pitta de Almeida

 

As estudantes Maria Eduarda Prates Brandão, Ana Luiza Nogueira Oshiro e Sarah Fernandes de Oliveira, da Escola SESI Ignez Pitta de Almeida (Barreiras) participam da Febrace pela segunda vez. O projeto delas, Pastilha Filtrante de Moringa Oleífera, também foi apresentado no evento científico em 2021. A pesquisa surgiu a partir da preocupação das jovens diante da realidade de comunidades da região onde moram, que não têm acesso a água potável para consumo. Atentas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e pensando em mitigar o problema enfrentado por essas comunidades, as estudantes desenvolveram a pastilha e avaliaram seu potencial para o tratamento da água.

 

Escola Sesi José Carvalho

 

Em Feira de Santana, a estudante Escola Sesi José Carvalho, Marla Dias Silva, vem se dedicando ao projeto Antioxidante para o tratamento da catarata. A proposta da pesquisa é desenvolver uma substância antioxidante capaz de retardar o envelhecimento do cristalino, que provoca a catarata. A doença, que provoca visão turva e, em alguns casos, até cegueira, é muito comum no Brasil, atingindo mais de 50% da população acima de 40 anos. Para desenvolver o projeto, a jovem tem pesquisado sobre a anatomia do olho humano, a oxidação da proteína do cristalino e a ação dos radicais livres nesta estrutura, que é conhecida como a lente do olho.

 

Também em Feira de Santana, os estudantes Astor Rodrigues Minho Souza e Luiz Henrique Leite dos Santos desenvolveram o projeto Como extrair o ouro do lixo eletrônico de maneira mais eficaz e consciente, em que pesquisaram uma forma mais ecológica e economicamente viável de separar o ouro presente no lixo eletrônico. Os alunos também tinham como objetivo conscientizar a população, através das redes sociais, sobre o descarte correto do lixo eletrônico, além de informar sobre postos de coleta especializados.

 

Escola SESI Djalma Pessoa

 

Outro projeto na área de ciências da natureza é desenvolvido pelo estudante Felipe Silva Sacramento, da Escola SESI Djalma Pessoa (Salvador), que pesquisou o potencial de extratos da folha do araçazeiro para combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti em recipientes de água parada. O projeto Avaliação do potencial tensoativo, larvicida e antibacteriano dos extratos vegetais da folha do araçazeiro (psidium sp.) No combate à proliferação do mosquito Aedes Aegypti em recipientes de água parada analisou flavonoides, ácidos fenólicos e saponinas presentes na folha do araçazeiro.

 

Escola SESI Reitor Miguel Calmon

 

Alunos de Salvador vão apresentar o projeto Cosmetologia Verde. Foto: Arquivo pessoal.


Outros dois projetos de Salvador, da Escola SESI Reitor Miguel Calmon, estão na Febrace. Com o projeto Cosmetologia Verde, os estudantes Leonardo Simões Bispo, Laryssa Fortuna Nogueira e Gabriel Sapucaia Carvalho buscaram desenvolver um creme hidratante utilizando licopeno extraído de tomates orgânicos. A ideia surgiu por conta do uso constante do álcool em gel (70%), em decorrência da pandemia de Covid-19, que pode provocar o ressecamento e desidratação da pele.

 

Alunas da Escola SESI Reitor Miguel Calmon buscaram desenvolver uma ferramenta para apoiar estudantes na rotina de aprendizado. Foto: Arquivo Pessoal

 


Já as alunas Lays Verena Silva de Santana e Maria Antônia Queiroz Barbosa de Andrade se preocuparam com o impacto do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 no desempenho dos estudantes. Com o projeto Estudante apoia estudante: uso de uma rede social como ferramenta educativa no ensino remoto emergencial, elas buscaram desenvolver uma ferramenta, através de uma rede social, para apoiar e incentivar estudantes na rotina de aprendizado.

 

Escola SESI Anísio Teixeira

 

Da Escola SESI Anísio Teixeira, em Vitória da Conquista, as estudantes Ana Clara Pinheiro de Almeida e Mariana Santos Oliveira decidiram pesquisar o desenvolvimento do Instituto Butantan, criado por conta da crise sanitária provocada pela peste bubônica. Para isso, elas identificaram e analisaram documentos históricos relacionados à instituição, especialmente a coleção de publicações do médico e cientista Vital Brazil.

 

Também da Escola SESI do sudoeste da Bahia, a estudante Thainá de Deus Lima vai apresentar, na 20ª edição da Febrace, o projeto Análise da modalidade de ensino híbrido visando a inserção no sistema educacional brasileiro.

 

Sobre o programa de Iniciação Científica da Escola SESI

 

O programa de Iniciação Científica é um dos diferenciais do ensino das escolas da Rede SESI Bahia de Educação e tem como objetivo promover o protagonismo dos estudantes na construção do seu conhecimento através da pesquisa científica, estimulando a criatividade, empreendedorismo e inovação. Aproximadamente 500 estudantes participam do programa, em escolas da capital e do interior. E este número vai aumentar em 2022, com a extensão do programa para estudantes do ensino fundamental. A perspectiva é criar cerca de 15 novos grupos de pesquisa nas diferentes áreas do conhecimento: ciências da natureza; engenharia, matemática e tecnologia; ciências humanas e linguagens.

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